Pantera - Tributo a maior banda de Thrash Metal do Mundo
Resenha por Ricardo Bernardo
Fotos por Fernando Yokota https://www.instagram.com/fernandoyokota/
Muito se falou sobre esta turnê do Pantera. AS opiniões se dividiram pelo fato de Phil Anselmo e Rex se juntarem a Zakk Wylde substituindo Dimebag Darrel na guitarra e Charlie Benante substituindo Vinnie Paul na bateria.
Muitos fãs da banda ficaram felizes pois teriam a oportunidade de verem ao vivo as musicas da banda mesmo que não fosse a formação original. Por outro lado uma grande parcela emitiu críticas e comentários negativos pelas redes sociais, alegando que esta formação nunca poderia ser chamada de Pantera. OU mesmo que os irmão Abott seriam totalmente contra isto.
De verdadeiro mesmo é que desde que esta reunion foi anunciada a banda está cotada para participar de diversos festivais pelo mundo durante 2023.
E assim que anunciaram a reunion a banda rapidamente entrou para o cast do Knotfest. E sabiamente a produção, motivada pelas boas vendas, resolveu fazer uma noite extra de show para o Pantera e o Judas Priest em São Paulo. Pela quantidade de pessoas que estavam no Vibra a decisão foi bem acertada.
O público era predominantemente de fãs acima dos 40 anos. Principalmente por se tratar de duas bandas que fizeram muito sucesso na década de 80 (Judas) e 90 (Pantera). Infelizmente Rex Brown, foi diagnosticado com Covid-19 e Derek Engemann foi seu substituto. Baixista do Cattle Decapitation que também faz parte de duas bandas ao lado de Phil Anselmo: The Illegals e Scour.
Direto ao show deve se sempre levar em consideração que a banda não é a formação original. As músicas não vão ficar idênticas, muito porque os substitutos tem personalidade própria e até por isso fizeram sucesso em suas próprias bandas. Com isso em mente o que a banda apresentou é o mais perto possível do que teríamos de um show do Pantera. Com toda sua emoção, velocidade e peso característico.
No palco um pano escrito Pantera cobria toda a visão. No telão exibição de vídeos da época que a banda estava no auge da carreira. Todos os vídeos foram extraidos DVD “3 Vulgar Videos from Hell” (Cowboys from Hell: The Videos, Vulgar Video, and 3 Watch It Go
Depois toca “In Heaven (Lady in the Radiator Song)” mostrando as silhuetas de Dimebag e Vinnie no telão.
Com esta intro carregada no emocional A New Level começa com o pano de palco caindo e revelando toda a banda e a decoração do palco.
A frente Anselmo, na lateral direita ficou Zakk e na esquerda Derek.
No centro a bateria de Charlie possuía 4 bumbos onde na pele da frente estavam os desenhos de Vinnie e Dime.
Conforme as músicas vão sendo executadas podemos perceber que Zakk fez seu dever de casa e conseguiu tocar muito parecido como Dime fazia. Até pela similaridade nos estilos de ambos. Mas Dime não fez questão de tocar tudo igual. Principalmente nos solos onde vez ou outra as alterações não soaram tão legais.
Charlie também seguiu a risca a linha de bateria feita por Dimme, muitas vezes acelerando um pouco como acontece com todo show ao vivo. Reduzindo as vezes a pedido de Derek que tocou seu baixo com propriedade e assim como Rex não compromete muito no thrash nervoso da banda.
De fato talvez a maior dúvida seria com relação ao único membro original. Mas Anselmo apresentou uma grande performance. Deve-se levar em consideração que o setlist foi feito respeitando sua condição vocal atual. Por isso metade do show são com músicas do grande “Far Beyond Driven” (1994), Álbum que já contava com os vocais mais graves da banda. Nos trechos em que a linha vocal apresentava mais dificuldade Phill jogava para plateia como no refrão de Fucking Hoslite que foi cantado em uníssono por todos.
Fica até difícil citar um destaque com este setlist, mas vamos destacar “Walk” por ser certamente a mais animada e “I’m Broken” (com trecho de By Demons Be Driven)
Repertório – Pantera - Tributo / Reunion / O que voce quer que seja
• Abertura: Regular People (Conceit) – videos da banda + In Heaven (Lady in the Radiator Song) (original de David Lynch & Alan R. Splet) – exibindo silhuetas de Dimebag e Vinnie
1. A New Level
2. Mouth for War
3. Strength Beyond Strength
4. Becoming (com trecho de Throes of Rejection)
5. I’m Broken (com trecho de By Demons Be Driven)
6. 5 Minutes Alone
7. This Love
8. Yesterday Don’t Mean Shit
9. Fucking Hostile
10. Gravação de trecho de Cemetery Gates com vídeo em tributo a Dimebag e Vinnie
11. Planet Caravan (cover de Black Sabbath, com mais vídeo em tributo a Dimebag e Vinnie)
12. Walk
13. Domination / Hollow
14. Cowboys From Hell
Judas Priest - 50 anos dos MEtal Gods
A próxima atração foi o gigante Judas Priest que veio apresentar sua turnê comemorando os 50 anos da banda. O Judas hoje conta com Rob Halford no vocal, Richie Faulkner e Andy Sneap nas guitarras, Ian Hill no baixo e Scott Travis na bateria.
Logicamente uma banda como o Judas merece toda nossa admiração por anos de serviço ao metal e por se influência direta e indiretamente de todas as outras bandas que viram depois.
Mas confesso que Andy Sneap, que entrou na banda substituindo Glenn Tipton, tem minha maior devoção. Além de grande guitarrista, praticamente toda minha lista de top 10 álbuns preferidos foram produzidos por ele. Um mestre na arte.
Antes do show começar podemos verificar que realmente a banda trouxe toda sua estrutura de palco, junto com as condições da casa tornou a qualidade da apresentação incrível.
Faltava 10 minutos para as 23:00 quando a banda subiu ao palco com a introdução de “The HEllion” sempre épica e emocionante para na sequencia emendar “Electric Eye”.
Rob Halford está fantástico. Seu vocal realmente está muito bem para a idade ( 71 anos) e comparado com outros shows que pudemos ver pela internet, antes da Pandemia.
Ian Hill e Scott Travis é a cozinha mais precisa do metal. A Dupla de guitarristas também tocam como se deve e ainda sobra. Mas Rob consegue roubar a cena com seu ótimo vocal e carisma.
Uma análise mais detalhada do setlist temos que das 16 faixas executadas, cinco vêm de “Screaming for Vengeance” (1982), “Painkiller” (1990), com duas canções no setlist, e “British Steel” (1980), com quatro. As outras 5 estão divididas pelos demais albuns da banda.
Das 16 faixas executadas podemos mencionar como destaque "Turbo Lover" cantada por todo publico junto com Rob, "Metal Gods" tamcom o baterista Scott Travis, que detonou.
"Screaming for Vengeance" pelo vocal fantástico e “Painkiller” definitivamente uma aula ede Heavy Metal e arrisco dizer a mais querida do Brasil. Encerraram com a clássica “Living After Midnight” que fazia muito sentido naquele momento.
Ao final foram dois shows memoráveis que ficarão na lembrança dos presentes por muito tempo.
Repertório – Judas Priest
• Abertura gravada: War Pigs (Black Sabbath) e The Hellion
1. Electric Eye
2. Riding on the Wind
3. You’ve Got Another Thing Comin’
4. Jawbreaker
5. Firepower
6. Devil’s Child
7. Turbo Lover
8. Steeler
9. Between the Hammer and the Anvil
10. Metal Gods
11. The Green Manalishi (With the Two Prong Crown) (cover de Fleetwood Mac)
12. Screaming for Vengeance
13. Painkiller
Bis:
14. Hell Bent for Leather
15. Breaking the Law
16. Living After Midnight
• Encerramento - We Are the Champions (Queen)
Agradecemos a Midiorama https://www.midiorama.com/ pelo credenciamento e organizçaão.
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